Introdução
A demanda cada vez maior, por portabilidade, mobilidade, conveniência, convergência dentre tantos outros atrativos oferecidos atualmente pelos sistemas de comunicação sem fio, as redes locais sem fio (WLAN) têm se destacado e prometem serviços de transmissão de dados de alta velocidade. A quantidade de pontos de acesso ainda é pequena no Brasil, mas a oferta deste tipo de serviço está aumentando em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.
Originalmente concebidas para estender a rede de companhias privadas, as WLANs fornecem uma cobertura de dados em banda larga para dispositivos móveis sem fio como laptops e palmtops (PDAs).
Um estudo realizado em outubro de 2001 pela WECA (Wireless Ethernet Compatibility Alliance) mostrou que das 180 empresas norte-americanas pesquisadas, 40% delas já tinham implementado redes sem fio e outros 40% revelaram que tinham planos firmes de implantação.
A razão principal citada para a adoção do sistema foi fornecer mobilidade aos funcionários, com o intuito de melhorar a produtividade e as condições de trabalho. Esta busca constante por facilidades de comunicação móvel sem fio está migrando agora para fora do escritório em direção ao dia-a-dia das pessoas.
Os "access points" de WLANs públicas (p-WLANs), ou "hot spots", estão surgindo nos mais diferentes locais onde o público passa o seu tempo: terminais de passageiros em aeroportos, hotéis, restaurantes, bibliotecas de universidades, salas de conferência, ou seja, qualquer lugar onde exista acesso à Internet.
Hoje é possível afirmar que o Wi-Fi transpôs o âmbito das empresas e já faz parte da realidade cotidiana dos cidadãos em muitas cidades pelo mundo afora.
A maioria das implementações de WLANs públicas e privadas aderem ao padrão global IEEE 802.11b, operando na banda não licenciada de freqüência de 2,4GHz e oferecem uma taxa de transferência máxima de 11 Megabits por segundo.
A cobertura é fornecida por um "access point", similar, em princípio, a uma estação rádio base celular, que mantém a conexão de RF com um ou mais clientes móveis a uma distância máxima de 100 metros . Comparativamente aos sistemas celulares 3G, a área de cobertura é menor.
Outra limitação do WLAN é a redução da taxa de dados nominal por cliente a cada usuário que entra no sistema. Já o novo padrão IEEE 802.11a - operando em 5 GHz com uma capacidade de até 54 Megabits por segundo, é mais indicado para aplicações que necessitem de maior capacidade. Neste caso, o raio de cobertura fica reduzido dramaticamente para cerca de 20 metros.
As operadoras celulares começam a entrar no fragmentado mercado de Wi-Fi, pois detectaram certa sinergia entre as tecnologias WLAN e 3G. O potencial para serviços combinados celular/WLAN é tentador, pois soluções compartilhadas entre operadoras e provedoras de serviço de internet sem fio (WISPs) são promissoras.
Adicionalmente, proprietários de "hot spots" privados, como em restaurantes e hotéis, também se beneficiam oferecendo aos seus clientes serviços de WLAN tanto para negócios como para entretenimento.
Com a disseminação das redes locais sem fio surge a necessidade de melhorar o controle (na extensão e restrição) da área de cobertura destas redes. Este tutorial apresenta algumas soluções.
Altenativas de Cobertura de RF
Uma solução de cobertura bastante usual é a instalação de antenas próximas ao "access point". Kits contendo os componentes necessários estão amplamente disponíveis no mercado e são relativamente simples de instalar.
Para áreas pequenas, as soluções com antenas são ideais; mas há algumas situações onde um sistema passivo de antenas distribuídas provê uma solução de cobertura mais sofisticada, cobrindo uma área maior do que é normalmente realizável com um único "access point".
Nos casos onde a capacidade do sistema não é um fator limitante, um sistema passivo de distribuição pode ser utilizado para estender a área de cobertura sem fazer uso de um outro "access point". Este sistema pode utilizar um conjunto de antenas para uma cobertura pontual, através de cabos coaxiais conectados à fonte principal de rádio freqüência.
Alternativamente, cabos irradiantes, ou cabos fendidos, podem distribuir o sinal de RF por milhares de aberturas ao longo de sua extensão. Ambos os sistemas permitem a extensão de área de cobertura, racionalizando o sinal de RF vindo de uma única fonte de sinal, através de um número maior de pontos de emissão.
Este tipo de solução é ideal para aplicações empresariais como, por exemplo, galpões de armazenagem, onde terminais móveis de dados sem fio podem fazer a atualização das quantidades e informações para o sistema principal de computação em tempo real.
Sistemas passivos de distribuição que utilizam cabos irradiantes também oferecem um “confinamento” da cobertura de RF muito mais controlado do que a solução com antenas pontuais, pois neste caso, o sinal de RF se atenua muito distante da fonte de emissão.
Esta característica de "confinamento" auxilia na diminuição do "overlap" de cobertura entre "access points" adjacentes minimizando o risco de interferência co-canal em sistemas de maior porte, como em hotéis, universidades e aeroportos.
Os sistemas WLAN nesses ambientes requerem "access points" múltiplos para atingir a cobertura e a capacidade exigidas para o funcionamento adequado do sistema. Dependendo da alocação de canal e do reuso, qualquer "overlap" na cobertura entre as zonas ou células resultará em interferência co-canal e o aumento da taxa de erro de bit, a menos que os canais estejam adequadamente separados.
O que é Cabo Irradiante?
Cabo Irradiante é um cabo coaxial com fendas no condutor externo que permitem a entrada e saída de potência de RF.
Enquanto um cabo coaxial comum de RF é utilizado para transportar um sinal de um ponto a outro, o cabo irradiante faz o mesmo papel de uma antena.
Os cabos irradiantes são usados em ambientes confinados como:
Nestes ambientes eles apresentam as seguintes vantagens em relação às antenas.
Maior Flexibilidade / menor custo efetivo em upgrading
Usando antenas, cada novo serviço necessita de um novo sistema de antenas.
Menor impacto visual
Menor Range Dinâmico
Considerações finais
Este tutorial apresentou as alternativas para estender a área de cobertura de redes locais sem fio com ênfase na utilização de cabos irradiantes. Apresenta-se a seguir um exemplo de aplicação.
A figura abaixo ilustra a distribuição de potência de RF no setor de engenharia de uma grande universidade norte americana após a instalação do cabo irradiante. O sistema anterior era formado por um "access point" que possuía uma antena e um amplificador. Problemas de interferência com este sistema levaram a universidade a adotar uma solução utilizando aproximadamente 330 metros de cabo irradiante.
Distribuição de Potência de RF
Foi considerada uma sensibilidade mínima do receptor móvel de aproximadamente -100 dBm, e o sistema de WLAN da universidade foi projetado, no pior caso, para -85 dBm nas paredes externas do edifício. O sistema passivo de distribuição com cabo irradiante apresentou níveis de aproximadamente -35 dBm (em amarelo) em pontos mais próximos ao "access point", para um mínimo de aproximadamente -80 dBm (em azul/lilás) nas paredes externas.
Os benefícios oferecidos pela utilização de cabo irradiante para a adequação da cobertura de RF no local proposto foram:
Aumento considerável do número de pontos de emissão efetiva de RF;
O confinamento da cobertura de RF proporcionou para a universidade, flexibilidade máxima nas alocações de canal de RF (muito limitados), atendimento a todas as áreas necessárias, minimização do potencial de interferência co-canal e melhora significante no desempenho geral do sistema, ou seja, taxas de transferência mais altas.
Fonte:http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwifi/pagina_1.asp
A demanda cada vez maior, por portabilidade, mobilidade, conveniência, convergência dentre tantos outros atrativos oferecidos atualmente pelos sistemas de comunicação sem fio, as redes locais sem fio (WLAN) têm se destacado e prometem serviços de transmissão de dados de alta velocidade. A quantidade de pontos de acesso ainda é pequena no Brasil, mas a oferta deste tipo de serviço está aumentando em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.
Originalmente concebidas para estender a rede de companhias privadas, as WLANs fornecem uma cobertura de dados em banda larga para dispositivos móveis sem fio como laptops e palmtops (PDAs).
Um estudo realizado em outubro de 2001 pela WECA (Wireless Ethernet Compatibility Alliance) mostrou que das 180 empresas norte-americanas pesquisadas, 40% delas já tinham implementado redes sem fio e outros 40% revelaram que tinham planos firmes de implantação.
A razão principal citada para a adoção do sistema foi fornecer mobilidade aos funcionários, com o intuito de melhorar a produtividade e as condições de trabalho. Esta busca constante por facilidades de comunicação móvel sem fio está migrando agora para fora do escritório em direção ao dia-a-dia das pessoas.
Os "access points" de WLANs públicas (p-WLANs), ou "hot spots", estão surgindo nos mais diferentes locais onde o público passa o seu tempo: terminais de passageiros em aeroportos, hotéis, restaurantes, bibliotecas de universidades, salas de conferência, ou seja, qualquer lugar onde exista acesso à Internet.
Hoje é possível afirmar que o Wi-Fi transpôs o âmbito das empresas e já faz parte da realidade cotidiana dos cidadãos em muitas cidades pelo mundo afora.
A maioria das implementações de WLANs públicas e privadas aderem ao padrão global IEEE 802.11b, operando na banda não licenciada de freqüência de 2,4GHz e oferecem uma taxa de transferência máxima de 11 Megabits por segundo.
A cobertura é fornecida por um "access point", similar, em princípio, a uma estação rádio base celular, que mantém a conexão de RF com um ou mais clientes móveis a uma distância máxima de 100 metros . Comparativamente aos sistemas celulares 3G, a área de cobertura é menor.
Outra limitação do WLAN é a redução da taxa de dados nominal por cliente a cada usuário que entra no sistema. Já o novo padrão IEEE 802.11a - operando em 5 GHz com uma capacidade de até 54 Megabits por segundo, é mais indicado para aplicações que necessitem de maior capacidade. Neste caso, o raio de cobertura fica reduzido dramaticamente para cerca de 20 metros.
As operadoras celulares começam a entrar no fragmentado mercado de Wi-Fi, pois detectaram certa sinergia entre as tecnologias WLAN e 3G. O potencial para serviços combinados celular/WLAN é tentador, pois soluções compartilhadas entre operadoras e provedoras de serviço de internet sem fio (WISPs) são promissoras.
Adicionalmente, proprietários de "hot spots" privados, como em restaurantes e hotéis, também se beneficiam oferecendo aos seus clientes serviços de WLAN tanto para negócios como para entretenimento.
Com a disseminação das redes locais sem fio surge a necessidade de melhorar o controle (na extensão e restrição) da área de cobertura destas redes. Este tutorial apresenta algumas soluções.
Altenativas de Cobertura de RF
Uma solução de cobertura bastante usual é a instalação de antenas próximas ao "access point". Kits contendo os componentes necessários estão amplamente disponíveis no mercado e são relativamente simples de instalar.
Para áreas pequenas, as soluções com antenas são ideais; mas há algumas situações onde um sistema passivo de antenas distribuídas provê uma solução de cobertura mais sofisticada, cobrindo uma área maior do que é normalmente realizável com um único "access point".
Nos casos onde a capacidade do sistema não é um fator limitante, um sistema passivo de distribuição pode ser utilizado para estender a área de cobertura sem fazer uso de um outro "access point". Este sistema pode utilizar um conjunto de antenas para uma cobertura pontual, através de cabos coaxiais conectados à fonte principal de rádio freqüência.
Alternativamente, cabos irradiantes, ou cabos fendidos, podem distribuir o sinal de RF por milhares de aberturas ao longo de sua extensão. Ambos os sistemas permitem a extensão de área de cobertura, racionalizando o sinal de RF vindo de uma única fonte de sinal, através de um número maior de pontos de emissão.
Este tipo de solução é ideal para aplicações empresariais como, por exemplo, galpões de armazenagem, onde terminais móveis de dados sem fio podem fazer a atualização das quantidades e informações para o sistema principal de computação em tempo real.
Sistemas passivos de distribuição que utilizam cabos irradiantes também oferecem um “confinamento” da cobertura de RF muito mais controlado do que a solução com antenas pontuais, pois neste caso, o sinal de RF se atenua muito distante da fonte de emissão.
Esta característica de "confinamento" auxilia na diminuição do "overlap" de cobertura entre "access points" adjacentes minimizando o risco de interferência co-canal em sistemas de maior porte, como em hotéis, universidades e aeroportos.
Os sistemas WLAN nesses ambientes requerem "access points" múltiplos para atingir a cobertura e a capacidade exigidas para o funcionamento adequado do sistema. Dependendo da alocação de canal e do reuso, qualquer "overlap" na cobertura entre as zonas ou células resultará em interferência co-canal e o aumento da taxa de erro de bit, a menos que os canais estejam adequadamente separados.
O que é Cabo Irradiante?
Cabo Irradiante é um cabo coaxial com fendas no condutor externo que permitem a entrada e saída de potência de RF.
Enquanto um cabo coaxial comum de RF é utilizado para transportar um sinal de um ponto a outro, o cabo irradiante faz o mesmo papel de uma antena.
Cabo Comum de RF | Potência de RF | |
Cabo Irradiante | Transmissão (downlink) | Recepção (uplink) |
Os cabos irradiantes são usados em ambientes confinados como:
- Túneis Rodoviários, Ferroviários, Metrôs e minas;
- Prédios corporativos, aeroportos, shopping centers, parques de exposição, etc;
- Em veículos como: navios, plataformas marítimas, trens, etc;
Nestes ambientes eles apresentam as seguintes vantagens em relação às antenas.
Maior Flexibilidade / menor custo efetivo em upgrading
- Um único cabo irradiante pode transmitir um grande número de serviços, desde FM até UMTS, WLAN;
- Serviços adicionais podem ser alocados mais tarde, sem novos custos de instalação de cabos;
Usando antenas, cada novo serviço necessita de um novo sistema de antenas.
Menor impacto visual
- Existe um grande interesse em esconder antenas, para evitar uma agressão visual, comum em estações de metrô, centros comerciais, etc;
- Cabos irradiantes podem ser facilmente escondidos invisíveis atrás de forros, fundo falso, coberturas, etc.
- Cabos irradiantes podem ser facilmente escondidos sobre forros e coberturas, sob fundos falsos, etc.
Menor Range Dinâmico
- Reduz custo de equipamento;
- Aumenta a expectativa do período de confiabilidade do sistema.
Considerações finais
Este tutorial apresentou as alternativas para estender a área de cobertura de redes locais sem fio com ênfase na utilização de cabos irradiantes. Apresenta-se a seguir um exemplo de aplicação.
A figura abaixo ilustra a distribuição de potência de RF no setor de engenharia de uma grande universidade norte americana após a instalação do cabo irradiante. O sistema anterior era formado por um "access point" que possuía uma antena e um amplificador. Problemas de interferência com este sistema levaram a universidade a adotar uma solução utilizando aproximadamente 330 metros de cabo irradiante.
Distribuição de Potência de RF
Foi considerada uma sensibilidade mínima do receptor móvel de aproximadamente -100 dBm, e o sistema de WLAN da universidade foi projetado, no pior caso, para -85 dBm nas paredes externas do edifício. O sistema passivo de distribuição com cabo irradiante apresentou níveis de aproximadamente -35 dBm (em amarelo) em pontos mais próximos ao "access point", para um mínimo de aproximadamente -80 dBm (em azul/lilás) nas paredes externas.
Os benefícios oferecidos pela utilização de cabo irradiante para a adequação da cobertura de RF no local proposto foram:
Aumento considerável do número de pontos de emissão efetiva de RF;
- Redução da distância média entre a fonte e o cliente móvel;
- Melhor cobertura de sinal devido à minimização do impacto de obstruções, tais como gabinetes de aço e estantes de livros.
O confinamento da cobertura de RF proporcionou para a universidade, flexibilidade máxima nas alocações de canal de RF (muito limitados), atendimento a todas as áreas necessárias, minimização do potencial de interferência co-canal e melhora significante no desempenho geral do sistema, ou seja, taxas de transferência mais altas.
Fonte:http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwifi/pagina_1.asp