O COELHO DA CARTOLA
Sem muito alarde vou vendendo o meu T.Mágico, acredito que este artefato tem uma via sacra para trilhar até ser globalmente reconhecido. Assim será!
O T Mágico é como um grande trem entrando em movimento. Começou sua jornada lentamente abaixo de interrogações, hoje anda com muito pouca propulsão; um dia, encontrará uma ladeira e alcançará uma grande velocidade. Neste dia, alguém parado na rua terá seu relógio marcando um tempo diferente do maquinista. Este será o momento exato em que mais uma vez a magia se transforma em ciência.
Sempre fui muito interessado no momento exato em que o pano cai no palco e desmascara o embuste. Este momento sempre acontece na ciência; quem convive com a tecnologia como vocês, tem a oportunidade de sentir a transição maravilhosa apelidada de evolução tecnológica. Por este motivo vou contar um causo antecedido para que sirva como um alerta.
Cuidado com as antenas que vocês estão instalando, alguém com uma varinha mágica poderá fazer com que todas elas deixem de funcionar.
Aconteceu na nossa história com Faraday e Maxwell que para construir as equações que interpretavam os fenômenos de propagação de ondas eletromagnéticas, precisaram se apoiar na magia (assim como todos os ramos da ciência), e na cartola desses mágicos estava o Éter. O Éter era uma coisa que não existia, mas estava lá. Em nenhum momento os dois se importaram de primeiro provar que o Éter existia, pensavam eles que se o coelho sai de dentro da cartola, é porque a cartola existia e pronto.
A física oficial não aceita que a cartola exista, mas adota e aceita o coelho, pois não tem como negar que as ondas que se propagam no espaço obedecem rigorosamente as equações cujo resultado formal é a propagação apelidada de onda eletromagnética. Os resultados experimentais testados estão em excelente harmonia com os modelos teóricos criados por Faraday e Maxwell. Vocês que o digam.
Permitam que eu faça uma alegoria.
Se vocês estivessem caminhando no deserto, quase morrendo de fome, e encontrassem um coelho assado, mesmo sem saber detalhes sobre aquele manjar, vocês comeriam. A ciência comeu e não morreu, mas se desarranjou muito, isso porque a onda se propaga muito bem no vácuo onde não poderia existir o Éter, pois o vácuo é a total inexistência de matéria.
A Física Moderna justifica a propagação no vácuo, afirmando que o espaço tem esta propriedade no lugar onde existe um campo eletromagnético. Se for assim, a contradição é ainda maior. Porque estaremos atribuindo propriedades ao vácuo, algo que materialmente não existe. Assim a Física Moderna atribui qualidades a algo inexistente. Qua...qua...qua...
Este paradoxo nos leva a concluir que não há garantia de que as equações de Faraday e Maxwell estejam corretas, eles construíram suas equações utilizando-se apenas do raciocínio lógico e deduções intuitivas. Não existe nenhuma dedução de fórmulas ou demonstração de teoremas, apenas tiraram o coelho da cartola na frente de olhos que ficaram esbugalhados.
Pode ser que toda a arquitetura cultural das telecomunicações seja puro empirismo científico criado por uma gang de malucos do século XIX. Ou como tudo, pura magia.
Pois é, o nosso passado nos torna cúmplice no presente. Que bom que seja assim, pois quando estiverem instalando uma antena, lembrem que ela saiu de uma cartola, assim como o T Mágico.
Um abraço.